A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos. A cidadania esteve e está em
permanente construção; é um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre lutam por mais direitos, maior
liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio
Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria
desassistida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que
tardia, não será obstada. Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida, à liberdade, à propriedade,
à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres.
O cidadão tem de ser cônscio das suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é
a coletividade, a nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim
se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.
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